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Uma boa notícia para quem deseja pôr o imóvel para jogo e reforçar o orçamento hospedando turistas: a procura por locação de temporada de fim de ano aumentou 10% em relação ao mesmo período de 2018. Já os preços cobrados continuam na mesma média do período — o que, ainda assim, pode chegar ao dobro do que é pago na baixa temporada.

Um levantamento exclusivo feito pelo Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do Rio (Creci-RJ) para o Morar Bem estima valores a serem cobrados nas diárias no período, tanto nos bairros mais procurados como no litoral fluminense.

 

COPACABANA NA LIDERANÇA

No Rio, Copacabana é o bairro mais procurado pela proximidade do local onde acontece a maior queima de fogos no réveillon, bem como pela quantidade de ofertas de imóveis, proximidade da praia e facilidade de deslocamento. Os preços das diárias variam de uma média de R$ 350 num conjugado a R$700 em um imóvel de três quartos.

A procura é tão grande que o apartamento de dois quartos da aposentada Cristina Felizola, na Rua Barata Ribeiro, já foi reservado há quase dois meses. Ela aluga o ano inteiro e confirma que réveillon e carnaval são os períodos mais procurados e rentáveis.

— Tem busca tanto de estrangeiros quanto de brasileiros, mas prefiro estes porque são menos bagunceiros.

O diretor do Creci-RJ, Laudimiro Cavalcanti, diz que Ipanema e Leblon são o segundo e terceiro bairros mais procurados nas festas de fim de ano. Ele chama atenção, contudo, para Catete, Lapa e Glória como alternativas mais em conta. — A vida noturna próxima também é atrativa.

Na região Central, os preços variam de R$ 250 (quarto e sala) a R$ 500 (pela diária de um imóvel de três quartos).

Cavalcanti ressalta que a Barra, depois dos grandes eventos esportivos na cidade, também passou a ser procurada, especialmente por famílias. —Elas preferem ficar nas praias da região e tiram um ou dois dias para ir à Zona Sul ou à Região Serrana.

No litoral fora da capital, Búzios é a cidade mais requisitada, seguida por Angra. —Arraial também tem crescido —diz Cavalcanti.

Na Costa Verde, Paraty é onde estão os preços mais em conta. A diária de uma casa próxima ao Centro custa de R$ 800, com dois quartos, a R$ 2 mil, com mais de três dormitórios e piscina. Em Angra, porém, os preços partem de uma média de R$ 1mil por dia e chegam a R$ 6mil se for uma mansão com apoio náutico e empregados.

Já na Região dos Lagos, Arraial é mais barata — entre R$450 e R$ 1mil, na Prainha ou Praia Grande, dependendo da quantidade de quartos — e Búzios com valores mais altos. As diárias em Geribá, uma das praias mais procuradas, variam entre R$ 600 a R$ 5mil.

 

CONCORRÊNCIA MAIOR

Segundo Cavalcanti com a procura maior, a partir de dezembro deve ficar mais difícil achar imóvel disponível e os preços ficarão mais salgados. Por outro lado, o que também aumentou foi a quantidade de moradores oferecendo suas casas. Segundo o Creci-RJ, 15% a mais do que em 2018. No site Alugue Temporada, o número de casas e apartamentos disponíveis aumentou 50% neste ano, segundo a gerente de marketing da empresa, Georgia Barcellos.

Isso significa que a concorrência está maior e, logo, é bom caprichar na oferta: — Ano novo e carnaval são as datas mais importantes para a cidade. Um dado interessante é que as reservas são feitas, em média, 60 dias antes da data de check-in. O brasileiro acaba deixando para última hora, então, ainda tem muita reserva que ainda não foi feita.

Em relação aos valores, Georgia diz que a média no ano em todo Rio é de R$ 433. No réveillon, chega a R$ 800.

Fonte: O Globo